sexta-feira, setembro 07, 2007

Os Cinco na Serra de Gredos - Pico Almanzor!



Acampamento em Hoyos del Espino.
Conquista da Plataforma de Gredos em BTT.
Conquista (dupla) do Pico Almanzor (2.592 mts) em inédita caminhada de puro montanhismo...


7 de Junho de 2007

Impulsionados pelo espírito aventureiro do companheiro Álvaro Henrique, arrancamos em direcção à Serra de Gredos (Espanha) para embarcar numa aventura com inúmeras surpresas e sustos e que nos faz hoje reflectir sobre a força da mãe Natureza face ao destemido Homem…

Montamos a barraca no Parque de Campismo de Hoyos del Espino, o mais próximo da Plataforma de Gredos.



Com o “bicho a roer” pegamos nas bikes e vamos dar uma voltinha escolhendo os trilhos à la carte. O Henrique demonstra-nos a bela arte da leitura de cartas militares, pelo que só nos perdemos umas quatrocentas vezes…




Depois de uma longa descida num single-track torneado por um rio e passando uma pontezita, só nos resta … subir!
E lá vamos, os cinco, pedalando vagarosamente até à Plataforma de Gredos, que alcançamos ao pôr-do-sol.
Retornamos à base e, após algumas indecisões, acabamos por ir jantar “Shreck” ao Parador Nacional da Serra de Gredos. Um autêntico pitéu… para quem apreciar a cor do prato… É que substância orgânica tragável, nem vê-la…
O Pedro, todavia, deglutia o jantar com “prazer” e deliciou-se com a orelha do animal!! A gargalhada foi tanta, durante o manjar, que jamais o esqueceremos (tal como os restantes clientes e colaboradores lá do sítio).

Na sexta de manhãzinha, ainda a chorar a larica do jantar, vamos de carro até à Plataforma, metemos as mochilas às costas e vai disto até lá acima! Objectivo: Pico Almanzor, ponto mais alto da Península Ibérica a 2.592 mts de altitude.


Após caminhada até ao Refúgio, no sopé do majestoso Circo de Gredos, viramos montanhistas (profissionais, segundo observação de um batido lá da montanha!!) e lá vamos calcorreando a inclinada escarpa que se nos depara.
A coisa começa dócil, mas rapidamente se torna muito exigente a nível físico e mental. O topo parece estar ali mesmo à mão… fartamo-nos de caminhar… e ele continua ali… mesmo à mão… mas nunca mais o alcançamos…





Após umas horitas atacamos aquele que nos parece o ponto mais alto, mas, já no topo… surpresa!! O verdadeiro Almanzor é o pico ao lado, ali a uns míseros metros, mas com uma ravina de permeio…
Toca a descer a ravina e a subir o pico correcto. Andamos para ali às voltas mas concluímos que sem cordas é muito perigoso subir os últimos metros, pelo que nos ficamos pelo Corno do Almanzor (uma curiosa saliência na base do pico).


O Pedro, de “raiva”, hasteie-a a “bandeira” naquele local e dá-se o regresso ao Refúgio.
Mas, em vez de regressarmos pelo mesmo caminho, não… Tentamos descer por uma ravina que parece ir dar direitinho ao refúgio! E pior… Separamo-nos!!
Eu, o Henrique e o Isidoro aventuramo-nos por uma ravina toda manhosa que, lá ao fundo, se revela impossível de transpor sem equipamento de rappel e nos obriga a subir de novo ao Almanzor, sob uma horrível chuva fria, para descer pelo caminho que havíamos subido inicialmente…
O Pedro e o Álvaro optaram por outro precipício, onde, segundo consta, o segundo mostrou ao primeiro os seus dotes de magnífico escalador…
Deu para reter que não se pode brincar em alta montanha e parece-me que todos tirámos uma grande lição desta façanha “inconsciente”.
Já juntos, no Refúgio, ainda deu para soltar uma graçolas de descompressão, com o guarda lá do local a referir que pensava sermos profissionais de alpinismo!! E o mais experiente parecia ser o Álvaro!!


Para terminar em grande, ainda deu para o Álvaro dar uma valente coça aos “velhotes” num sprint vigoroso até à placa informativa do Circo de Gredos. Quem parece não ter visto muito bem a graça da coisa foi o Pedro, que carregava encosta acima toda a tralha do Álvaro, que jurava a pés juntos estar muito cansado…
Este companheiro é um fartote! E lá teve de voltar a carregar as suas coisas, mas com o espírito revigorado com tão retumbante vitória ao sprint!!
Para o dia final, e derivado do valente “empeno” de que todos padecíamos, ficou reservada uma voltinha de bike pela bonita cidade de Ávila. Ainda deu para ficar com uma vaga ideia da arquitectura e do ambiente artístico do local.




Nesta aventura por terras de nuestros hermanos estiveram os “montanhistas”:
Álvaro Henqique, o das cartas; Álvaro Vieira, o do sku; Isidoro Silva, o do farnel; Pedro Marques, o do Shreck; Gonçalo Pinto, o das fotos.



1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lamento desiludir-vos, mas o Almanzor está bem longe de ser o ponto mais alto da Península Ibérica. Só nos Pirinéus há vários de 3000m, dos quais o maior, o Aneto, tem 3404m.
E na Sierra Nevada, há mais uns quantos 3000, dos quais o ponto culminante da Península (esse sim), é o Mulhacén, com 3480m (já o subi 3 vezes). Abraços, Paulo Baptista

quarta-feira, março 18, 2009 10:27:00 da tarde  

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