segunda-feira, maio 21, 2007

Serra de Montejunto – na Rota do Moinho

19 de Maio de 2007






Introdução
Os 4 mosqueteiros; mais de 50 Kms; mais de 1.500 mts de ascensão acumulada; um moinho visitado; âncoras e cruzes e um joelho “arruinado”…

A Crónica
A “coisa” prevista era demolidora. Estava com ideias de conduzir o companheiro Isidoro aos “muros” de Bolores (pelo Bocal) e das Sardinhas (por Chamutos), para experimentarmos as agruras das inclinações de trintena…
Contudo, já no Nanni e enquanto íamos conversando com o Fantasma que se preparava para ir subir as escadinhas de Mafra no dia seguinte, aparece o Pedro Marques com um programa original e irrecusável… Atacar o Alto de Montejunto!
Nem foi preciso propor duas vezes, pois eu e o Isidoro metemo-nos logo em “bolandas” para organizar a logística. Para completar aparece também um quarto mosqueteiro, artilhado da âncora… ‘Tão a ver?!... Pois. Esse mesmo!

Seguimos de viatura até à Ereira de onde partimos à conquista da Igreja de Nª Srª Das Neves, acima dos 650 mts.
Partindo dos 323 mts de altitude, onde faz um frio húmido e um espesso nevoeiro, vamos descendo lentamente de cota até Vila Verde dos Francos. Claro ficou que, no final da volta, havia de existir “gasolina” para ascender à cota de partida…
Em Vila Verde subimos um morro onde estão erigidos alguns moinhos (infelizmente, num estado lastimoso…) e vamos apreciando a paisagem que se vai abrindo por entre o nevoeiro, que a baixa altitude é pouco cerrado. Depois dirigimo-nos ao Convento da Visitação, onde os meus veteranos companheiros (todos “matreiros” quarentões!!) mandam umas graçolas acerca de freiras. Como castigo “divino” surge uma “parede” tremenda que nos obriga a parar com as piadolas…
Após tornearmos alguns moinhos interceptamos a (magnífica) estrada proveniente do Avenal. O Isidoro fica impressionado com a visão das últimas rampas e com a minha descrição do tormento que é transpô-las… Contudo, fiquei com a ideia de que, mais tarde ou mais cedo, vai querer acompanhar-me de “estradeira” e experimentar as agruras desta rampa demolidora, quanto a mim sem igual no distrito de Lisboa (talvez até em toda a Estremadura…).
Sempre por alcatrão e em direcção ao cume, o Álvaro passa um mau bocado e cospe umas cenas “efervescentes” que deixariam desconfiado o mais distraído colaborador do CNAD… Mas, lá se recompôs e a “coisa” continuou.
Ao passarmos a placa indicadora do Concelho do Cadaval metemos de novo por trilho. O Isidoro, bem ao seu estilo, não deixou os seus reconhecidos créditos por pedais alheios e apregoando “É por aqui! Eu conheço!” leva-nos para um caminho de cabras manhoso cheio de pedras, onde se anda mais do que se pedala. O Pedro, já meio “passado” devido á “longa” caminhada, inverte o sentido e, acompanhado por mim e pelo Álvaro, retorna ao asfalto. O Isidoro continua pelo monte … a solo!!
Novamente no alcatrão, lá vamos os 3 subindo até à Igreja de Nª Srª das Neves, onde encontramos um Isidoro impaciente, garantindo que já por ali anda há mais de 20 minutos!
Depois, descemos ao quartel e enfiamos trilho abaixo em direcção a Abrigada, guiados pelo GPS do Pedro. Mas… subitamente o trilho fica “fechado” e temos de continuar, meio a pé meio a pedalar, por um caminho pedestre que leva ao sopé desta vertente. (O Pedro mandou aqui uma queda, mas não vou redigir nada sobre isso para não o atormentar caso venha aqui ler estes rabiscos…)
Chegados à Casa do Guarda Florestal (Abrigada) viramos a estibordo. O estradão onde pedalamos tem alguns “repechos” duros até alcançarmos o Abrigo de Cabanas de Torres, após o qual descemos à povoação onde paramos no café, por súplica do Álvaro
De novo montados, vamos subindo umas crista calcária onde existem muitos moinhos estando um deles em excelente estado de conservação e … a funcionar!! Somos muito bem recebidos pelos “moleiros” lá do burgo, que nos guiam numa visita ao interior do moinho, explicando-nos todos os pormenores. Eu, como “adorador” de moinhos e azenhas, nunca me canso de ouvir as explicações de quem sabe da “poda”, enriquecendo a minha cultura sobre o património e os costumes dos nossos antepassados.



Depois, chegamos a Vila Verde dos Francos, oriundos de umas veredas com vinhas onde quase mandava um mergulho num ribeiro. Não aconteceu o mergulho, para desgosto dos meus companheiros (o Isidoro então, já preparava a gargalhada vingativa do "Momento do Duatlo"…), mas, para o evitar, fiz uma entorse no joelho esquerdo (o que tem lesões ligamentares).
Após o povoado e em direcção ao “tormento” final, vamos andando às “apalpadelas”, de engano em engano, até conseguirmos dar com o trilho correcto que nos leva à Ereira. Aqui, o Pedro ainda conseguiu atolar o “barco” numa piscina abastecida à base de resíduos de pocilga… Buuuhhhh…. Mantém-te ao longe…
Para acabar em grande, uma farta jantarada de “tiras da Póvoa” que caíram que nem ginjas… Assim, vale mesmo a pena ir pedalar!!

Os 4 Mosqueteiros na Serra de Montejunto: Porthos, o que leva “tudo” à frente (Isidoro Silva); Athos, o guia destemido (Pedro Marques); Aramis, o das piadas e graçolas (Álvaro Vieira); D’Arttagnan, o trintão irreverente (Gonçalo Pinto).
Mais um passeio muito interessante e enriquecido no aspecto cultural. A minha homenagem aos 3 quarentões que me fizeram companhia pela sua boa disposição, camaradagem e jovialidade. Que venham (muitos) mais giros como este.

Dados: 50 Kms; 11,4 Kms/Hr de velocidade média; 1.500 mts de ascensão acumulada; 652 mts de altitude máxima.

(ndr 1: estava com ideias de, no domingo, acompanhar os “Selvagens do Asfalto” no ataque ao Alto de Montejunto ou ir congratular o jovem Carpinteiro pelos seus 49 anitos numa voltinha pelo Sobral. No entanto, devido à lesão no joelho, não tive dificuldades em fazer a minha opção! Das duas … três!! Nem uma, nem outra! Repouso, para atenuar as desagradáveis dores que este tipo de lesões provoca).

(ndr 2: os meus parabéns ao Fantasma, que na Maratona de Mafra conseguiu baixar das 6:30 Hrs como se tinha proposto. Fez um magnífico 45º lugar com 6:10:49 Hrs. Pena não ter lá estado para te ultrapassar nas escadinhas finais… Assim, parece-me que já estás apto a pedalar connosco!! Aparece, não tenhas medo… São só umas paredezitas… Um dia conseguirás!! Parabéns também ao Pedro Lopes que conseguiu mostrar que os “fraquinhos” também conseguem chegar ao final… 14º com 5:35:42!! (que grande animal… Também vou começar a ingerir essas cenas manhosas…). Logo a seguir o Vítor Ferreira, 15º com 5:36:53! Finalmente o Ricardo, 80º com 6:54:16... Que te aconteceu rapaz?! Encontraste por lá a rampa dos Casais de São Quintino?!)

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mas para onde foram os elementos que andam bem? Nesta volta apenas participaram os fraquinhos? deve ter sido uma volta para entravados!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, maio 25, 2007 6:29:00 da tarde  
Blogger pintainho said...

Elementos que andam bem?!?!
Heinnn... Nãããnnn tou a ver...

(Nota: cometi um lapso ao afirmar que andei acompanhado de quarentões, pois o Pedro já é cinquentão!!! Claro que o engano foi originado por saber como o Homem pedala! Cinquentão... Ninguém diria!!)

quinta-feira, maio 31, 2007 11:25:00 da manhã  
Blogger Daniel Gobert said...

Bom-dia, ciclistas grimpeurs portugueses. Lendo vosso blog duros do pedal, digo-me que é interessada inscrever-se (é gratuitn justo para passionnés) no nosso challenge B.I.G dos 1.000 mais bonitos ascensões da Europa, da qual 25 ascensões portugueses. Ver a nossa selecção (Montejunto, Torre, Monte Foia, Nossa Senhora da Graça,...) em http://users.swing.be/danielgobert

sexta-feira, novembro 23, 2007 3:18:00 da tarde  

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