terça-feira, maio 29, 2007

Baptismo na Serra do Socorro

26 de Maio de 2007


Introdução
O ataque ao cume pela “nova” vertente de Casal de Barbas (2 Kms; 12,8% de inclinação média; 260 mts de desnível; 1 Km a 16%; inclinação máxima de 22%).

A Crónica
Dia de Peregrinação à Serra do Socorro.
No Nanni, o surpreendentemente reduzido número de peregrinos leva os poucos presentes a ponderar se se justifica tão “longa” e “penosa” viagem… Chegamos à conclusão de que não tememos a Serra e arrancamos em bom ritmo direito a ela.
Ninguém se atreve a falar sobre cruzes e âncoras, pois como somos só 3, apenas um “felizardo” se poderá escapulir aos, já considerados míticos, artefactos. Vamos conversando sobre os imponderáveis que sucederam aos nossos camaradas. O Isidoro está entrevado de um joelho, o Ricardo está sem bicicleta, o Aníbal tem um tronquito encravado na corrente, o Sousa não passa com a cruz na porta da garagem, o Álvaro tem a âncora presa ao sofá, …
Subimos pelo trilho até Casaínhos seguindo-se a descida até ao Vale de São Gião pelo single-track encostado ao Parque Municipal. De engano em engano, com o Biker à cabeça (claro!), conseguimos chegar à Póvoa da Galega onde apanhamos um trilho bem conhecido que nos leva a Jerumelo. Ao atravessarmos a linha férrea, o Evaristo conseguiu uma façanha digna de registo para futuras memórias: armado em acrobata passou os carris sem desmontar da “burra”!! Realmente, não é para todos!! O rapazinho tem mesmo jeito!
A subida para o Torreal serviu para “intimidar” o Evaristo e mostrar-lhe as “garras”… Íamos preparando o assalto ao cume do Socorro onde o “sangue” marca sempre presença, por mais que se diga que não…
Em São Sebastião ponderamos sobre qual a vertente a subir. O Biker “queria” o empedrado, o Evaristo o lamaçal da A8 e eu a “coisa” de Almeirinhos. Chegámos a um consenso, e decidimos subir por … Casal de Barbas!!
E lá fomos nós, por alcatrão, até esse povoado. A subida, de 2 quilómetros, inicia-se a escassos metros da placa que indica Casal de Barbas. Após um primeiro troço em alcatrão, o maquedame surge em bom estado, permitindo uma escalada mais confortável que a da variante principal (empedrado). Contudo, após o cruzamento à direita, a inclinação nunca desce dos dois dígitos percentuais o que torna uma rampa muito dura para quem passar mal (1 Km inteiro com inclinação média superior a 16% e pontos acima dos 20%).
Chegado ao topo vejo o Evaristo a ganhar uns 30 metros ao Biker, só para lhe mostrar que ficou à frente. Contudo, parece que o Biker tentou “descarregar” o Evaristo nas duras rampas de 20%!! Uma ousadia, tentar despachar o “velhote matreiro”!! Um verdadeiro espectáculo, os dois a digladiarem-se pela Cruz e pela Âncora
No topo, lá vem o Biker com o relambório do costume: “… que é duro …”; “… que dói …”; “… não volto a subir isto …”; peka-peka; peka-peka; … Bem, ‘tão a ver? O habitual.
Daqui a uns tempos estaremos de novo no mesmo local … ouvindo de novo as mesmas lamúrias… Queixa-se, queixa-se … mas vai a todas!
Seguiu-se a vertiginosa (não para mim…)descida da variante da A8 rumo a Pêro Negro. Na Sapataria entramos à descoberta nuns trilhos bem engraçados e a repetir ,com toda a certeza. O Biker é que não parece ter achado muita piada, pois já estava a “patinar”…
Passando de novo pela Póvoa da Galega subimos Montachique por uns single-tracks inéditos seguindo-se a descida para Casaínhos. Aqui, para “amassar” mais os meus companheiros de jornada, levo-os a um campo lavrado onde a “burra” nos sobe às costas e chegamos rapidamente às Salemas, onde o Biker desce em direcção a Loures. Eu e o Evaristo ainda vamos “bater” mais alguns trilhos, passando na Murteira a “meter inveja” ao Coxo (Isidoro) e lá seguimos também para Loures.

Mais uma peregrinação, desta vez pedalada pelos 3 Reis Magos: Pinto, o do “camelo” mais rápido; Evaristo, o do “camelo” mais lento; Biker, o do “camelo” às costas.
Dados: 66 Kms; 14,1 Kms/Hr de média; 1.437 mts de ascensão acumulada.

segunda-feira, maio 21, 2007

Serra de Montejunto – na Rota do Moinho

19 de Maio de 2007






Introdução
Os 4 mosqueteiros; mais de 50 Kms; mais de 1.500 mts de ascensão acumulada; um moinho visitado; âncoras e cruzes e um joelho “arruinado”…

A Crónica
A “coisa” prevista era demolidora. Estava com ideias de conduzir o companheiro Isidoro aos “muros” de Bolores (pelo Bocal) e das Sardinhas (por Chamutos), para experimentarmos as agruras das inclinações de trintena…
Contudo, já no Nanni e enquanto íamos conversando com o Fantasma que se preparava para ir subir as escadinhas de Mafra no dia seguinte, aparece o Pedro Marques com um programa original e irrecusável… Atacar o Alto de Montejunto!
Nem foi preciso propor duas vezes, pois eu e o Isidoro metemo-nos logo em “bolandas” para organizar a logística. Para completar aparece também um quarto mosqueteiro, artilhado da âncora… ‘Tão a ver?!... Pois. Esse mesmo!

Seguimos de viatura até à Ereira de onde partimos à conquista da Igreja de Nª Srª Das Neves, acima dos 650 mts.
Partindo dos 323 mts de altitude, onde faz um frio húmido e um espesso nevoeiro, vamos descendo lentamente de cota até Vila Verde dos Francos. Claro ficou que, no final da volta, havia de existir “gasolina” para ascender à cota de partida…
Em Vila Verde subimos um morro onde estão erigidos alguns moinhos (infelizmente, num estado lastimoso…) e vamos apreciando a paisagem que se vai abrindo por entre o nevoeiro, que a baixa altitude é pouco cerrado. Depois dirigimo-nos ao Convento da Visitação, onde os meus veteranos companheiros (todos “matreiros” quarentões!!) mandam umas graçolas acerca de freiras. Como castigo “divino” surge uma “parede” tremenda que nos obriga a parar com as piadolas…
Após tornearmos alguns moinhos interceptamos a (magnífica) estrada proveniente do Avenal. O Isidoro fica impressionado com a visão das últimas rampas e com a minha descrição do tormento que é transpô-las… Contudo, fiquei com a ideia de que, mais tarde ou mais cedo, vai querer acompanhar-me de “estradeira” e experimentar as agruras desta rampa demolidora, quanto a mim sem igual no distrito de Lisboa (talvez até em toda a Estremadura…).
Sempre por alcatrão e em direcção ao cume, o Álvaro passa um mau bocado e cospe umas cenas “efervescentes” que deixariam desconfiado o mais distraído colaborador do CNAD… Mas, lá se recompôs e a “coisa” continuou.
Ao passarmos a placa indicadora do Concelho do Cadaval metemos de novo por trilho. O Isidoro, bem ao seu estilo, não deixou os seus reconhecidos créditos por pedais alheios e apregoando “É por aqui! Eu conheço!” leva-nos para um caminho de cabras manhoso cheio de pedras, onde se anda mais do que se pedala. O Pedro, já meio “passado” devido á “longa” caminhada, inverte o sentido e, acompanhado por mim e pelo Álvaro, retorna ao asfalto. O Isidoro continua pelo monte … a solo!!
Novamente no alcatrão, lá vamos os 3 subindo até à Igreja de Nª Srª das Neves, onde encontramos um Isidoro impaciente, garantindo que já por ali anda há mais de 20 minutos!
Depois, descemos ao quartel e enfiamos trilho abaixo em direcção a Abrigada, guiados pelo GPS do Pedro. Mas… subitamente o trilho fica “fechado” e temos de continuar, meio a pé meio a pedalar, por um caminho pedestre que leva ao sopé desta vertente. (O Pedro mandou aqui uma queda, mas não vou redigir nada sobre isso para não o atormentar caso venha aqui ler estes rabiscos…)
Chegados à Casa do Guarda Florestal (Abrigada) viramos a estibordo. O estradão onde pedalamos tem alguns “repechos” duros até alcançarmos o Abrigo de Cabanas de Torres, após o qual descemos à povoação onde paramos no café, por súplica do Álvaro
De novo montados, vamos subindo umas crista calcária onde existem muitos moinhos estando um deles em excelente estado de conservação e … a funcionar!! Somos muito bem recebidos pelos “moleiros” lá do burgo, que nos guiam numa visita ao interior do moinho, explicando-nos todos os pormenores. Eu, como “adorador” de moinhos e azenhas, nunca me canso de ouvir as explicações de quem sabe da “poda”, enriquecendo a minha cultura sobre o património e os costumes dos nossos antepassados.



Depois, chegamos a Vila Verde dos Francos, oriundos de umas veredas com vinhas onde quase mandava um mergulho num ribeiro. Não aconteceu o mergulho, para desgosto dos meus companheiros (o Isidoro então, já preparava a gargalhada vingativa do "Momento do Duatlo"…), mas, para o evitar, fiz uma entorse no joelho esquerdo (o que tem lesões ligamentares).
Após o povoado e em direcção ao “tormento” final, vamos andando às “apalpadelas”, de engano em engano, até conseguirmos dar com o trilho correcto que nos leva à Ereira. Aqui, o Pedro ainda conseguiu atolar o “barco” numa piscina abastecida à base de resíduos de pocilga… Buuuhhhh…. Mantém-te ao longe…
Para acabar em grande, uma farta jantarada de “tiras da Póvoa” que caíram que nem ginjas… Assim, vale mesmo a pena ir pedalar!!

Os 4 Mosqueteiros na Serra de Montejunto: Porthos, o que leva “tudo” à frente (Isidoro Silva); Athos, o guia destemido (Pedro Marques); Aramis, o das piadas e graçolas (Álvaro Vieira); D’Arttagnan, o trintão irreverente (Gonçalo Pinto).
Mais um passeio muito interessante e enriquecido no aspecto cultural. A minha homenagem aos 3 quarentões que me fizeram companhia pela sua boa disposição, camaradagem e jovialidade. Que venham (muitos) mais giros como este.

Dados: 50 Kms; 11,4 Kms/Hr de velocidade média; 1.500 mts de ascensão acumulada; 652 mts de altitude máxima.

(ndr 1: estava com ideias de, no domingo, acompanhar os “Selvagens do Asfalto” no ataque ao Alto de Montejunto ou ir congratular o jovem Carpinteiro pelos seus 49 anitos numa voltinha pelo Sobral. No entanto, devido à lesão no joelho, não tive dificuldades em fazer a minha opção! Das duas … três!! Nem uma, nem outra! Repouso, para atenuar as desagradáveis dores que este tipo de lesões provoca).

(ndr 2: os meus parabéns ao Fantasma, que na Maratona de Mafra conseguiu baixar das 6:30 Hrs como se tinha proposto. Fez um magnífico 45º lugar com 6:10:49 Hrs. Pena não ter lá estado para te ultrapassar nas escadinhas finais… Assim, parece-me que já estás apto a pedalar connosco!! Aparece, não tenhas medo… São só umas paredezitas… Um dia conseguirás!! Parabéns também ao Pedro Lopes que conseguiu mostrar que os “fraquinhos” também conseguem chegar ao final… 14º com 5:35:42!! (que grande animal… Também vou começar a ingerir essas cenas manhosas…). Logo a seguir o Vítor Ferreira, 15º com 5:36:53! Finalmente o Ricardo, 80º com 6:54:16... Que te aconteceu rapaz?! Encontraste por lá a rampa dos Casais de São Quintino?!)

domingo, maio 20, 2007

Duatlo da Valada

13 de Maio de 2007



O grupo de participantes que se juntou na Manjoeira disposto a fazer o Duatlo organizado pelo Isidoro era surpreendentemente numeroso, tendo em conta as dificuldades que se previam…
70 Kms de trilhos acidentados seguidos de 10 Kms de canoagem e terminando com 60 Kms de pedal no asfalto, na verdade, são dados que fariam pensar duas vezes qualquer um…




Parte I: Manjoeira - Azambuja (praia fluvial)

No entanto, um grupo numeroso de 17 corajosos dispôs-se a “tratamento de choque”, arrancando logo pela manhãzinha em direcção à primeira dificuldade do dia (Monte Serves).
Quase sempre por trilho, passou-se por Pintéus e desceu-se o trilho que vai desembocar no Restaurante “Os Pneus”. Passou-se o Trancão e lá fomos nós, em amena cavaqueira, metendo metros lentamente… Após o Zambujal e em subida constante, ninguém parecia querer dar ar de fraquinho e o ritmo era razoável. Tive de me afastar do Paulo (o “graçolas” de Almada), pois indo a ouvi-lo, ou se sobe … ou se ri!! As duas coisas são completamente incompatíveis!! O gajo é mesmo um “prato” com uma constante boa disposição! E o Álvaro também ajuda muito à festa!
Na fase mais inclinada da ascensão o Álvaro (!), qual puro trepador, foi imprimindo um ritmo durinho que estilhaçou o grupo pela primeira vez! Parece andar com saudades de “sangue”…
Após o Cabeço da Rosa deu-se o reagrupamento e abastecimento na carrinha de apoio iniciando-se de imediato nova dificuldade (subida a Lameiro das Antas). Por trilhos originais, certamente da autoria dos 2 mais veteranos “lobos” da matilha (Isidoro e Evaristo) somaram-se algumas “paredes” por encostas vinhateiras, onde os elementos com menos técnica sentiram algumas dificuldades. Foi uma das primeiras vezes que me senti um tecnicista em cima da “burra”, tal era o “jeitinho” da concorrência!
Chegados a Arranhó, novo momento de pândega. Alguns companheiros demoraram mais tempo a chegar e quando nos preparávamos para arrancar eis que chega o Paulo: “Vão já embora?! Devem ‘tar a reinar comigo!! Passem-me é uma laranja!”. E quando alguém (Evaristo) insinuou que o gajo era muito fraquinho e estava a atrasar a malta, o brincalhão não se conteve e mandou a seguinte: “Se tivesses um hemorroidal como o meu estavas calado!! Isto até parece um limão!!”.
Ri-me à brava desta resposta. Este camarada é um verdadeiro espectáculo!
E lá se prosseguiu até Lameiro das Antas seguindo-se a longa e perigosa descida para Arruda dos Vinhos, onde houve uma divisão do grupo: os “cordeirinhos” seguiram por estrada directamente para Azambuja; ao invés, os “abutres”, ao farejarem o “SANGUE” que se adivinhava nas encostas escarpadas que se vislumbravam no horizonte, rumaram por trilho a uma aldeia com uma designação sugestiva… SERRA!!
Na rampa que precedia a aldeola, uns “venenosos” (Evaristo, Ricardo, Biker) fugiram, deixando o Isidoro “piurso” por ter ficado com os entravados! Lá se ia queixando que assim não valia e tal…
Em algumas descidas os 2 rapazes de verde e o Henrique mostravam as suas acrobacias enquanto os mais “ajuizados” iam tentando equilibrar-se e dar-lhes passagem.
Depressa se chegou a Alenquer, onde nos despedimos do Sousa e do Pirata que retornaram a Loures. O primeiro lá tinha de ir para o ofício; o segundo, depois de se ter fartado de me “picar”, lá deu a mão à palmatória. Desta vez não te pude dar troco (nem sabes o quanto me custou…), ou iria retornar à Manjoeira de corda ao pescoço, se é que me entendes… Mas, no próximo passeio, não perdoo!! Vais "espirrar sangue"… Vai-te preparando…
De “talega”, deixámos para trás Alenquer e logo nos primeiros quilómetros aconteceu o momento do Duatlo! O Isidoro, qual “tractor”, ao tentar passar um ribeiro a alta velocidade atascou numa poça que mais não era que um buracão transbordante de lodo!! O gajo ainda tentou sair depressa para fugir rapidamente aos olhares “trocistas” que já eram acompanhados por valentes gargalhadas, mas parecia colado à imundice chafurdando lama por tudo quanto era sítio!! O Evaristo fartou-se de reinar, pois há 15 dias tinham passado por ali e aquilo não tinha buraco algum.
Lá continuámos até Azambuja onde houve algumas picardias entre mim e o Ricardo (está muito enfezado…), nas últimas rampas.
Já no final e a rolar a mais de 30 contra o vento, o sprint a finalizar a primeira parte desta etapa consagrou o Evaristo, seguindo-se o Ricardo e o Álvaro (que afirmou ter sido surpreendido, pois pensava que ainda faltavam alguns quilómetros para o final).


Canoagem: Azambuja (praia fluvial) - Valada

Após o “almoço” montámos nas canoas e lá fomos "marinando"até Valada. O meu companheiro do remo (Abílio) também era um iniciado no assunto, pelo que depressa o nosso objectivo passou a resumir-se a ir apreciando as paisagens e a tentar … não acartar a âncora!! Quem parece ter delirado nessa façanha foram o Biker e o Nélson que dificilmente conseguiriam remar mais devagarinho…
Não sei como andaram os “ruins” lá na frente, mas ao que parece ainda houve picardia entre os duos Evaristo-Ricardo; Álvaro-Henrique; Isidoro (que ia a solo).



Parte II: Valada - Manjoeira

Na Valada, o Henrique agarrou-se à cruz para não mais a largar, metendo-se na carrinha de apoio. Diria eu que foi o primeiro crucificado do dia!
Iniciámos o retorno por asfalto e a uma velocidade de cruzeiro de 20/25 Kms/hr que, tendo em conta a forte ventania frontal, nem era muito mau. Quem não estava pelos ajustes era o Ricardo que, espicaçado pelo Isidoro, imprimiu um ritmo acima dos 35 que desfez por completo o pelotão! Na frente destacaram-se seis resistentes (Ricardo, Isidoro, Evaristo, Biker, Pinto, Álvaro), enquanto para trás ficaram todos os outros a ritmo “vegetal”.
Na Azambuja novo reagrupamento com o Ricardo a mostrar a consciência pesada (pois…). Depois os “maus” deixaram-se de piedades e não esperaram por mais ninguém! No grupo dos retardatários, lá fomos fazendo pela vida. Passaram-se Vila Nova da Raínha, Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, Alhandra… Aqui, o Álvaro já ia “morto”! Eu, lá o ia “acompanhando”, vendo-o a arrastar penosamente a sua famosa âncora (ela não te larga, rapaz…)! Já à saída de Alhandra aguardava-nos a carrinha. Avisei-o de tal, mas o “cadáver” que me seguia não esboçou o mais pequeno assomo de felicidade… Mais um que acabou crucificado na carrinha vassoura!
Até Vialonga rolou-se em grupo compacto.
Na aproximação ao Tojal as “feras” começaram a posicionar-se… O Isidoro saltou do grupo para tentar uma chegada isolado, mas caçámo-lo no início da subida para a Manjoeira. O Evaristo “encostou” ficando a carnificina entregue a quatro (Isidoro, Biker, Pinto, Ricardo). Antes que o último começasse com ideias dei uma sacudidela… O gajo abriu e eu … não me fiz rogado! Vai disto até lá cima. Fiquei admirado de ainda ter forças para imprimir um ritmo "forte" e não ser visitado pelas minhas “amigas”! Depois chegou o Biker com muito bom aspecto!! O restante pessoal foi chegando a conta-gotas. O Ricardo e o Isidoro ainda vieram com a ladaínha do costume … que não era por ali … que era por outro sítio … peka-peka … peka-peka … Bom... ´Tão a ver? O costume!!
Para acabar em beleza lá fomos petiscar num cafezinho lá da vizinhança, onde o grande Álvaro não dispensa um lugar na vanguarda do pelotão!
Que grande Duatlo, amigo Isidoro!! Excelentes momentos de lazer e convívio!!

Neste Duatlo participaram:
Isidoro (o organizador), Evaristo (o estoiro do costume…), Ricardo (faltaram-lhe as pilhas no final?...), Biker (um deja-vu do passeio da Manjoeira! Regressado em grande!), Pinto (não acabou de corda ao pescoço, mas não estraçalhou o Pirata…), Álvaro (em grande até ao estoiro final! Fiquei a saber que um “cadáver” também consegue pedalar!), Henrique (não queiras a cruz só para ti! Partilha!), Pirata (vais pagá-las…), Sousa (fugiu…), Paulo (o do hemorroidal) e mais uma catre fada de entravados.

Dados:
Manjoeira - Azambuja (praia fluvial): 68,760 Kms; 15,89 Kms/Hr; 1.283 mts de ascensão acumulada.
Azambuja (praia fluvial) - Valada: 10 Kms
Valada - Manjoeira: 57,290 Kms; 20,43 Kms/Hr; 216 mts de ascensão acumulada.

terça-feira, maio 08, 2007

... SANGUE ...

28 de Abril de 2007



Dia de “batalha”!!
As picardias têm andado ao rubro nos últimos giros! E este não poderia ser excepção, sendo até encarado como um tira-teimas.
Logo pela manhãzinha, no Nanni, eu e o Pirata trocamos alguns galhardetes perante um Biker meio embasbacado que parece arrependido de ter deixado os lençóis. Aparece o Pedro Lopes com um amigo que também se chama Pedro e aparenta ser tão “fraquinho” como ele…
A “coisa” corre lá prós lados de Alpriate, pela lezíria. Na primeira rampa do dia (Monte Serves) e para dar as boas vindas ao novo companheiro, descarregamo-lo sem piedade. De novo reagrupados e já em Vila de Rei, o Biker mostra o quão bem sabe escolher trilhos, andando às voltas na aldeia por vinhas e veredas (… volta Isidoro!! Estás perdoado…).
Após afinarmos o “astrolábio”, mas ainda meio perdidos, arribamos em Santiago dos Velhos. Subimos por asfalto a Lameiro das Antas e viramos em direcção ao Forte de Alqueidão, por uma vertente “virgem” (Louriceira de Cima). Aqui, “livramo-nos” dos Pedro’s que decidem ir por alcatrão num ritmo de 3ª idade… Foram dois Pedro’s de uma só cajadada…
No ataque ao Forte, o Pirata investe com vigor, mas o trio chega ao topo em simultâneo. Começo a falar-lhe dos cow-boys e do tronquito e o gajo “puto da vida” garantindo que hoje é que é!! A “coisa” promete aquecer na rampa final…
Apertamos o ritmo até ao Freixial, onde apanhamos os Pedro’s em “ritmo vegetal”. Eles seguem para Loures por estrada, enquanto nós (Pinto, Pirata, Biker) vamos brincar aos índios e aos cow-boys…

No início da subida … o CHEIRO A SANGUE paira no ar…
O Pirata … quer a desforra das últimas coças…
Eu … quero “esfolá-lo” vivo … uma vez mais…
O Biker … não quer nada connosco!

No troço em alcatrão o Pirata acelera e o Biker fica imediatamente a contar escaravelhos…
Antes do trilho, na zona plana, o “artista” alivia para respirar, mas eu passo ao “ataque” e entro “à bruta” nas primeiras rampas inclinadas. Meto o cárdio no red-line e acho estranho não ouvir os “engasganços” do meu companheiro… Olho por cima do ombro e vejo-o … longe … devagarinho … quem sabe à procura do tronquito…
Aumento o ritmo quase até ao limite, para não ter de o “aturar” numa possível “ressurreição” e para lhe mostrar a sensação de ser sangrado!!
Chego a Fanhões com um avanço considerável.
Dou meia volta e vou descendo. Encontro-o já no alcatrão, todo torcido sobre a “burra”… Nem tuge nem muge… Desta vez nem um qualquer tronquito o safou…
Mais abaixo dou de caras com o Biker que já passou por melhores momentos. Contudo, emprega-se a fundo para conseguir manter o seu magnífico terceiro lugar…

Finalmente, após a indispensável picardia do dia, vamos descendo, em amena cavaqueira, com promessas de “vingança” nos passeios que nos aguardam…

Neste giro pedalaram:
Pinto, o sanguinário; Pirata, o sangrado; Biker, o sanguessuga; Pedro’s, os “vegetais”.

Dados:
66,240 Kms; 14,96 Kms/Hr; 1.313 mts de ascensão acumulada.
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