terça-feira, março 18, 2008

Até que enfim ... o Alto do Trevim!!

16 de Março de 2008



Uma dúzia à Lousã.
Após uma grande descida…
Eeeehhhhh… Tantos paralelos…
… GPS … Isidoro … perdidos …
O que é aquilo??!!
O grande “martírio”…
Onde é que pensas que vais?
Tão perto … mas tão distante …
SPRINT!!
No Alto do Trevim!
Um churrasco a 11 graus!
A paisagem, as cabras … e o Power Ranger!!
Batendo os dentes…
Olha tantos, lá à frente…
"Queda livre" c’um “necrófago”!
Pedalando pelas “aldeias do nunca”!
Manada em fúria…
O quilómetro final.
É só “abutres”…
De novo em pelotão compacto: “reposição das calorias perdidas”.


(brevemente, a crónica duma aventura inesquecível)
(ainda por editar: "Nova aventura na Serra da Estrela" e "3 Diabretes à procura de Galhardos")
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sábado, março 15, 2008

Évora, que miragem… ou o estoiro do costume!!

3 de Março de 2008




Bem, deixa cá esticar os dedos e ver se já consigo teclar…

snkfk nj TOU fjnakjs TODO kbvjbakdf FOD*** ennldk,mvli

Parece que sim!!

Então vamos lá:
A história de hoje é curta e original e obedece ao seguinte ditado: “Mostra-me o que treinas, dir-te-ei o que pedalas!”.
Após um louco desvario e demonstrando um optimismo exacerbado, decidi “acompanhar” os Selvagens do Asfalto na Clássica de Évora de 2008. São só uns 140 quilometrozitos, com uns topozecos, pelo que até a minha avó menos saudável, a marreca, está tentada a participar. Lá a convenço a ficar em casa mostrando-lhe que não tem o meu arcaboiço, conseguido com inúmeros passeios de fim de semana…

Desço até às bombas da BP, no Fanqueiro, e o ambiente já fervilha…
Dizem-me que vem uma equipa de Negrais, que vêm os Pina Bikers e mais uns outros. Eu fico incluido na equipa dos “Quem não pode … arreia!!”.
Após o cafezinho com o Farinha, que saiu a correr esbaforido para ir a casa tomar, ao que parece, uns comprimidos para a tosse convulsa, monto a “burra” e inicio a jornada na cauda do pelotão.
A minha táctica é complexa e muito bem elaborada: ir sempre na cauda do pelotão de maneira a … apear sem ninguém dar conta!!
Inicialmente o ritmo é “agradável” o que permite ir conversando com inúmeras criaturas (ao todo somos para aí uns 40…) que dividi em duas categorias: as que já espumavam pela boca e as que iam espumar pela boca.
Em Vila Franca de Xira devem ter tirado o açaime às alimárias lá da frente, pois lançaram o pelotão a mais de 40 à hora pelos “calhaus” da estrada principal… Lá consegui, com muita arte, mantê-los à vista e evitar chegar à ponte com as rodas quadradas…
Depois da ponte os “bichanos” acalmaram, permitindo a entrada de quem tinha perdido o contacto. Aqui, um nevoeiro frio e desagradável tornou-se companhia constante durante longos quilómetros.
Eu lá ia tentando encontrar quem conversasse comigo. Mas, poucos pareciam dispostos a gastar calorias para ir mexendo os maxilares... Só os mais “fortes” (Filipe, Steven, César…) se deram a esse “luxo”!! E o Nuno Garcia lá me ia dando inúmeros conselhos sobre a colocação no pelotão (não sei porquê, mas tenho uma tendência danada para “cair” na cauda do dito e desatar a pedalar atrás do gajo quando a coisa começa a "azedar"…).
Nas Taipadas pude parar para comer, devido ao furo de um companheiro. Depois lá retomámos a cavalgada a 30 à hora…
Estas rectas intermináveis são um bocado maçadoras e só os diálogos quebram a monotonia…
Em Pegões atraso-me um bocado, enquanto empurro pelo canal da couves uma barra nada apetitosa e no topo de Bombel tenho umas sensações estranhas nas pernas que não auguram nada de bom…
Abeiro-me do Filipe e digo-lhe que não duro muito mais, pois sinto que as minhas “amigas” vão visitar-me em breve…
Em Vendas Novas atraso-me de novo, enquanto engulo mais uma mistela intragável e pouco depois, em Silveiras, quando até estava bem integrado no pelotão, sou atacado por uma cãibra que teima em não me largar… Tenho de deixar de dar aos pedais, vendo todo o pelotão a passar por mim e na tentativa desesperada de alongar a perna, nova cãibra, agora na perna esquerda!
O conta-quilómetros vai “descendo” … 25 … 20 … 15 … 10 …
E eu sem conseguir tirar os pés dos pedais…
Tenho de imediato um dejá-vu de uma situação semelhante do passado e entro em pânico: “Queres ver que me vou esparramar ao comprido no asfalto?!...”
Finalmente, consigo sacar o pé esquerdo e ponho-me a alongar…
Tento montar uma primeira vez … cãimbra … desmonto … alongo … tento montar … cãibra … desmonto … alongo …
Quando já estava a entrar no ritmo deste ritual chega a “Pick Up vassoura” dirigida por um simpático camarada que me faz uma proposta irresistível: “Queres entrar?”.
Ainda tento montar mais uma vez … cãimbra … desmonto … alongo … e entro para a Pick Up!
O “meu salvador” ainda me pergunta se quero que me leve até ao pelotão, mas depois de sentar o rabo naquele banco tão confortável nem a ferros me tiravam dali.
Damos meia volta para ir ajudar dois companheiros atrasados que conseguiram estoirar ainda mais rapidamente do que eu!! Mas, eles ficam entregues à carrinha que já os acompanha.
Depois, passamos pelo pelotão, onde vai o grande Evaristo a puxar que nem um doido (ainda bem que só faz disto na estrada…) e onde está integrado o Filipe (na realidade a “minha equipa” do trilho).
Ao subir Montemor o pelotão fica todo estilhaçado. Lá vou “ajudando” o Filipe “veterano” a chegar à roda do Abel, mas isto é segredo, pois ele pediu-me para não dizer nada a ninguém…
O outro Filipe, "o necrófago", qual macaco de imitação, não pode ver um gajo sentado… E vai daí, só para fazer pirraça, senta também o rabo no belo estofo de uma carrinha.
Já em Évora, lá está o Farinha, com as graçolas do costume, intercaladas com o mastigar dos últimos comprimidos, os quais parecem tornar-se inócuos em percentagens de inclinação superiores a 2%...
O Freitas e o Pina também me parecem muito divertidos, enquanto falam de Pick Up’s, carrinhas, vassouras, cadeiras de rodas e outros artigos do género…
O Nuno Garcia também deve estar muito divertido, mas pelos vistos ninguém sabe dele, pois todos perguntam: "O Garcia já chegou?"
Também muito divertidos estão os veteranos Abel e Filipe que se fartam de meter comigo.
O Steven e o César pouco falam e parecem-me ... tão empenados como eu...
O Evaristo, esse está eufórico, rejubilando com a sua grande prestação, só possível com o inteligente jogo de equipa que eu e o Filipe fizemos ao entrarmos nas viaturas deixando todo o pelotão na expectativa…

Seguiu-se a almoçarada, para mim o melhor momento da jornada, e o retorno a Loures, de autocarro.
E lá foi mais um empeno, a repetir com toda a certeza, se até ao próximo não ganhar juízo…


Seguem os dados da minha “magnífica” prestação:
96 Kms a 31,6 Km/Hr de velocidade média na bicicleta, 44 Kms a 70 Km/Hr de velocidade média na Pick Up (esta acho que ninguém bateu…), 5 cãibras,1 estoiro monumental, 2 copos de vinho e mais umas comezainas…

Quem quiser ver este giro numa perspectiva da vanguarda do pelotão carregue aqui.
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terça-feira, março 11, 2008

Maldita Capelã!!

24 de Fevereiro de 2008




Devido ao terreno lamacento derivado das últimas chuvadas, o trilho proposto é “negro”, pelo que vou para o Nanni de “estradeira”. Já lá estão o Paulo Sousa e o Filipe. O primeiro de BTT com rodas finas; o segundo de “estradeira” … com duas pedaleiras… (Eh, eh…).
O Sousa parece estar com vontade de rumar à Ericeira
O Filipe quer meter quilómetros visando a preparação para a Clássica de Évora na companhia dos “Selvagens do Asfalto”…
Mas, com alguma sorte (e algum jeitinho também…), optamos para ir lá p’rós lados d’Arruda dos Vinhos… E isso quer dizer, lá p’rós lados da CAPELÃ
Arrancamos vagarosamente e pronuncio a “palavra maldita” (Capelã) para testar a reacção dos meus companheiros… Ninguém se queixa o que me faz de imediato ficar com uns pensamentos maquiavélicos…
Passamos pelo Tojal e ao deixarmos Bucelas inclino a bike para a rampa de Santiago dos Velhos, mas eles não querem ir por ali, pelo que continuamos em frente, para o Forte de Alqueidão. No problem… Hei-de levar a água ao meu moinho…
O Filipe, motivado pelos treinos nocturnos que tem feito, mete um ritmo “rijo” durante toda a subida, sempre na frente do trio.
Após o Sobral de Monte Agraço descemos até Arruda. O Filipe continua na frente e entra na povoação destacado. Vou conversando com o Paulo que me diz que temos de nos apressar para não o deixar fugir, ao que lhe respondo: “Deixa-o estar que daqui a pouco vamos dar umas boas gargalhadas à sua custa…”.
Tomo a vanguarda, conduzindo-nos ao “martírio”. Esta subida é uma estreia para eles, mas como sou “amigo”, aviso-os logo para deixarem alguma “gasolina” para as rampas finais. O Filipe fica logo com “azia” e começa com umas resmunguices sobre a minha tripla. Fica então o meu desafio: só meto a “avózinha” se ele não aguentar o 39x25. E, sendo assim, lá me resigno a acartar um incómodo 42x24 que me obriga a ir de pé logo nas rampas iniciais a 12%.
O Sousa mete um passo mais “confortável”, mas o Filipe está endiabrado e vai sempre ao meu lado a “apertar” comigo! Claro que fico radiante com a “ousadia”, pois sei bem o que lhe vai suceder lá em cima…
Sensivelmente a meio da subida (após 1,3 Kms), ao fazermos uma ligeira curva à direita que deixa a descoberto o “petisco” que precede … o “verdadeiro petisco”, o gajo entra em sobressalto e pergunta-me por onde vamos, visto existir um caminho alternativo para a esquerda… Eu respondo-lhe a rir: “Não há que enganar, camarada! É sempre em frente!”.
E foi neste preciso momento que o caldo entornou!!
O gajo ficou possesso, começou com uma granda resmunguice (que nele até nem é nada habitual…) e disse que não ia por ali … e que ia esperar pelo Sousa … e não sei que mais…
Eu ainda o tentei animar, mas … nada feito…
Lá continuei, devagarinho … e a borbulha do inclinómetro a subir…
Já na fase da “agonia”, olho para trás, não vejo ninguém, e penso cá para os meus botões: “Bolas!! Vou aqui a agonizar com o prato 42 e o Filipe não está aqui para ver…”.
Meto a “avózinha” e fico logo mais aliviado o que me permite enfrentar a rampa mais inclinada (21% de inclinação máxima) com um sorriso nos lábios (tinha de ser, pois estavam lá quatro marmanjos a olhar para mim com um ar trocista…). Ao chegar ao topo, um pouco antes da localidade de Carvalhal, aguardo pelos meus dois companheiros, na expectativa...
Passado um pouco, chega o Filipe, um bocado carrancudo e de poucas palavras, pois vinha meio afogueado… Contudo, parecia estar a queixar-se da pedaleira e a dar graças à sola aderente dos sapatos…
Nisto, chega também o Sousa … a rir!!
E desabafa: “É pá! Quando o gajo desmontou naquela rampa, até estava a cambelear!! E os quatro camafeus que lá estavam fartaram-se de rir!”.
Enquanto descíamos para Bucelas por Santiago dos Velhos, lá nos fomos metendo com o Filipe, que continuava a amaldiçoar os 39 dentes.
Como ainda era cedo (e o Filipe parecia estar um tanto ou quanto vingativo…) subimos a Vila Nova e apanhámos o “carrocel” de Tesoureira para Casais da Serra.
Sempre em ritmo vivo, o Sousa passou aqui um “mau” bocado…
No Vale de São Gião o Sousa tem de retornar a Loures, mas o Filipe, com aquela postura “sanguinária” que tão bem conheço, lá me convence a fazer mais uns quilómetros… E eu a topar a cena…
Seguimos até à Malveira, onde nos metemos na estrada para Negrais.
Depois viramos para a Portela. Na curta rampa inclinada que precede a aldeola o gajo deixa-me “pregado” e sinto as primeiras sensações de fadiga muscular…
O sacana do “artista”, fazendo jus ao seu congnome no mundo das duas rodas (“O Necrófago”), não deixa fugir a oportunidade e repete a dose na rampa para Montemuro, deixando-me às avessas com uma cãibra manhosa que quase me obriga a apear…
Depois, e ainda não saciado, volta à “carnificina” na última dificuldade, após Ponte de Lousa. Lá no topo, à minha espera, lá está ele, possuido, vingativo, "o Necrófago", inchado e provocador. Mas, tenho de admitir que desta vez mereci a “tareia”, pois a Capelã não é rampa que se apresente a ninguém (bem… excepto ao Lopes, se também cair na esparrela…).
E lá concluímos mais uma voltinha agradável que serviu de “preparação” para a tirada que se avizinha: a Clássica de Évora.

Dados da subida da Capelã:
– início: rotunda da praça de touros de Arruda dos Vinhos: distância - 2.400 mts, altitude – 346 mts; desnível – 253 mts; pendente média – 10,5%; pendente máxima - 21%.
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