terça-feira, julho 11, 2006

El Angliru - 16 de Junho de 2006

À Conquista das Astúrias

7 – El Angliru - 16 de Junho de 2006

Após pernoitar no Parque de Campismo de Puerto de San Isidro, a 1.520 mts de altitude, arranco de automóvel em direcção a Langreo, para visitar o Museo de la Minería y de la Industria. Depois de passar a povoação de Cabañaquinta, em direcção ao Puerto de La Colladona (850 mts), levanta-se um temporal medonho… Os “deuses da tormenta” parecem estar “ofendidos”, por ser hoje o dia em que planeio realizar um sonho que se arrasta desde 1993 … escalar o imperial Angliru …

A visita a Langreo é plenamente justificada para quem apreciar museus. Foi dos mais originais que visitei até hoje, pois, além da riqueza informativa e imensa maquinaria,





compreende uma “viagem” por uma mina artificial, onde se podem percorrer dificílimos túneis como se de verdadeiros mineiros nos tratássemos! Muito original e engraçado.
Dirigi-me depois para Santa Eulália, no sopé da Sierra del Aramo. O temporal, por aqui, parece ainda mais aterrador! Como é impossível “vergar” o “colosso” nestas condições climatéricas, por falta de tracção, decido ir fazer um reconhecimento de automóvel. Subo pela vertente de Santa Eulália até Via Pará, um bonito Parque de Merendas a meio da encosta. Existem algumas rampas de forte pendente (até 18%), mas sempre muito curtas.
Após este parque paradisíaco, a paisagem parece transformar-se, dando lugar ao inferno…




A estrada torna-se muitíssimo inclinada, sucedendo-se rampas longas de elevada pendente. Torna-se evidente que a Cuesta de Les Cabanes é muito complicada de transpor de bicicleta e a monstruosa rampa de La Cueña Les Cabres não deixa equívocos… Se não se estiver bem nesta fase final da ascensão e se não houver algum “juízo” … o apeanço é certo! As inclinações ainda são mais evidentes quando, após chegar ao cume, inicio a descida. Na Cueña Les Cabres, após engatar a 1ª velocidade e deixar a gravidade actuar, o conta-rotações sobe de forma incrível, entrando rapidamente no red-line!!
Já em La Vega, visito a Igreja e o Município e informo-me sobre a logística. Aconselhado pelas funcionárias do município, vou almoçar ao restaurante Bar Chus, gerido pelo vereador dos desportos, Roberto Álvarez. Este simpático asturiano, idolatra a “sua” montanha, e fala-me com gosto de histórias rocambolescas. Tem imensas reportagens emolduradas nas paredes do estabelecimento sobre a “curta” história do Angliru. Esteve presente, inclusive, nas tentativas frustradas de subir sem apear de José Maria “El Chaba” Jimenez, José Luis “Chechu” Rubiera, José Manuel “Coque” Uria e Fernando Escartin, entre outros; e da ascensão bem sucedida, mas extremamente sofrida, de Pedro “Perico” Delgado que, apesar de ir de pedaleira tripla com um andamento suave de 30x23 (escalou uma segunda vez com 30x25), teve imensas dificuldades na Cueña. “Ele ia em zig-zag!!”, contou-me o asturiano.
Não parece muito convencido do meu optimismo de “vergar” o “colosso” e transmite-me isso mesmo. “Muitos já cá vieram e voltam para baixo ao tentarem passar as primeiras rampas após o parque de merendas de Via Pará. E juram que não voltarão a tentar!!”
Mas eu, confiante, garanto-lhe que vou conseguir chegar ao topo sem desmontar. Ele, no entanto, não fica convencido…
Acrescentando à dificuldade das rampas ainda evidencia que “… e só um louco enfrentará a montanha hoje!! Olha a tormenta! …” diz, apontando as nuvens negras e os “cântaros” que jorram para lá das janelas do restaurante.
Após o belo repasto, despeço-me dele e dirijo-me a Pola de Lena para visitar a Igreja pré-românica local (Santa Cristina de Lena), a qual faz parte da rota asturiana dos monumentos pré-românicos. Fica situada numa colina idílica e está muitíssimo bem preservada.




O cuidado que os asturianos têm com o seu património é algo que impressiona qualquer um.
Após a visita ao monumento e ao seu pequeno museu, qual não é o meu espanto ao verificar que a “borrasca” se desvaneceu… Nem penso duas vezes. Saio disparado em direcção a La Vega.
São cinco da tarde e o asfalto está quase seco. O sol espreita entre as nuvens. Não há tempo a perder. Pego na “estradeira”, faço um pequeno aquecimento nas ruas da vila e preparo-me para iniciar o “martírio”, desejado há 13 anos, desde a primeira vez que ouvi falar desta rampa, em 1993… Um sonho da juventude, prestes a ser concretizado…


A Escalada




Começo a pedalar em direcção a Via Pará. Vou de pedaleira 42, mas em ritmo calmo. Optei por menosprezar completamente o tempo da ascensão, privilegiando a escalada sem paragens. A conversa com o vereador aumentou as minhas precauções. Nem penso num eventual fracasso…
Vou-me orientando pelas placas informativas existentes na berma da estrada todos os quilómetros e pela cábula que elaborei para saber onde tenho de ter muito “juizinho”.

Altimetria - www.altimetrias.com

Ao passar pelo restaurante Bar Chus, vejo o vereador de olhos esbugalhados a olhar para mim! Sai imediatamente para a estrada a dar-me alento: “Allez, xalado, allez…”
Até Via Pará não existem dificuldades. Corre tudo sem qualquer sobressalto. Ao chegar aqui, meto a pedaleira de 30 e vou alternando apenas os carretos mais leves (24,21,18). Sei que se aproxima a primeira grande dificuldade (Cuesta de Les Cabanes com um máximo de 22%). E o primeiro quilómetro é duríssimo (quase 14% de inclinação média!!).
Precedendo a primeira rampa vejo escrito no chão a tinta amarela já muito sumida: “Empieza el infierno”. Nem mais…
As rampas duras sucedem-se e ao chegar a Les Cabanes tenho de ir “a prego”. Não há alternativa. A bicicleta ainda se encavalita umas 3 ou 4 vezes. Esta zona é muito bonita, sucedendo-se várias curvas em ferradura. O asfalto está bem conservado e seco, mas se estivesse húmido, duvido que conseguisse transpor este duríssimo troço.
Depois desta zona segue-se um “descanso” de 2 quilómetros, onde as percentagens rondam os 12% com um máximo de 14,5% na zona dos Llagos.




Após este “relaxe” surge a famosa “parede” de 3 quilómetros, onde a inclinação média supera a impressionante cifra dos 15%!! Leram bem… 3 quilómetros acima dos 15% de média!! Numa só palavra: Demolidor.
Logo no início, a dar as boas vindas e avisando-nos do que nos espera, temos a terrível curva de Les Picones, a 20%. Após 400 metros nova curva, dura, à direita.




Aqui, é possível vislumbrar, lá em cima, a divinal rampa de La Cueña Les Cabres. Também se pode observar a linda paisagem, com quilómetros e quilómetros de extensão.
Passo a placa que informa sobre esse quilómetro mortífero a 17,5%, com 23,5% de pendente máxima.

Sei que é agora a fase do tudo ou nada... Quem não está bem não passa este quilómetro montado. Aqui não existe a opção entre ir devagar ou depressa, mas sim, devagarinho ou … a pé!!
Meto o andamento 30x24 e vou pedalando vagarosamente. Após a placa, segue-se um esforço imenso para fazer a curva de Cobayos a 21,5%. A visão, após esta curva de ferradura à esquerda, é aterradora e fará “penar” o mais corajoso…

Sempre em frente, delineando a escarpada encosta da Sierra del Aramo, apresenta-se-nos a magistral Cueña Les Cabres. Aqui, o melhor mesmo é não olhar para a frente e irmo-nos entretendo a mirar a paisagem, à esquerda, que se estende até ao Mar Cantábrico. A progressão é penosa… A meio da rampa, temos a placa informativa da zona mais dura.

Passados uns cem metros temos o primeiro troço acima dos 22%. Duríssimo… Faço-o sempre sentado, mas o guiador tem de ser firmemente empurrado para baixo, pois parece ter vida própria a querer fazer-nos rebolar, de costas, encosta abaixo. A borbulha do inclinómetro parece atingida por alguma espécie de loucura, chegando quase ao limite... Vêem-me à mente as inúmeras vezes que subi ao topo do Cabeço de Montachique, pois a inclinação é muito semelhante. Depois de um “descanso” (que bem soube…) a 20% (!!), novo “muro”, este a 23,5%. Aqui, tenho mesmo de me levantar do selim, pedalando sobre os crenks. O 30x24 parece-me uma “talega” pesadona… A rampa parece não ter fim… Contudo, sigo sempre a direito. Passo a “tormenta” sem andar aos “esses”.
Finalmente, termina este troço complicado e tenho tempo para respirar, na curva à direita, que existe no final da “parede”. Estou radiante!! Passei!!
Meto uns carretos mais pesados sem, contudo, tirar a pedaleira de 30 dentes. Nova curva à esquerda (El Alviru) a 21,5%.

Tenho de socorrer-me de novo do carreto de 24 dentes. Aqui quase tenho um colapso por asfixia!! Não me posso empolgar no andamento ou ainda deito tudo a perder... Refreio os ânimos e ataco as curvas finais de Les Piedrusines, a 20%, com mais “juízo”…

Finalmente … o paraíso ...
Meto o prato de 42, embalando na ligeira descida,

até ao Parque onde está a placa desejada:
Cima L’Angliru – 1.570 mts

(panorâmica do local)

Divinal!! “Verguei” o “Monstro”!!
Tiro algumas fotos para a posteridade; falo com um casal de caminhantes que retorna da escalada ao topo do alto de La Gamonal, a 1.712 mts de altitude; dou uma volta pelas redondezas do Parque, relaxando de tão penosa façanha, que me levou 1:29 Hrs de tempo de vida!
Descuido-me um pouco com o tempo de relaxe e começa a escurecer… Repentinamente, sou bombardeado por uma tremenda chuvada! Não tenho memória de tormenta igual! A fúria dos “deuses da montanha” parece ser descarregada sobre o incauto que ousou enfrentar o “colosso” em dia de tempestade…
Inicio a descida com imensa precaução, devido ao piso inclinado e escorregadio…
A coisa apresenta-se-me mais negra que as nuvens que me rodeiam…
Mesmo assim, vou tirando alguma fotos durante a descida. O nevoeiro é muito intenso em algumas zonas. Ao abeirar-me do precipício (Cueña Les Cabres) quase “marro” numa vaca local que transita, fora de mão, em sentido inverso! Pelo seu ar de espanto, parece-me que fica tão surpreendida do acidente eminente como eu…

Sou obrigado a desmontar! É impossível descer montado nestas condições. O piso está extremamente escorregadio. Tenho de ir a andar pela berma, pois a inclinação é tal que, se for pelo asfalto, os sapatos escorregam e levam-me à queda. Após a curva de Cobayos,

torno a montar, mas passados 3 quilómetros, sou obrigado a desmontar de novo, na Cuesta de Les Cabanes. Aqui, quase não se vê um palmo à frente do nariz…

Monto de novo e vou descendo vagarosamente até La Vega. Já está escuro e a visibilidade é muito diminuta. Desejo que não me apareça nenhum quadrúpede especado na estrada…
Paro no restaurante Bar Chus, após 1:39 Hrs (!!) de penosa descida, e sou saudado pelo simpático Roberto que imediatamente me convida a sentar numa mesa que já tinha preparado para mim. Afirmou estar à minha espera e que já estava preocupado, por saber que os temporais por aqui são de uma invulgar violência. E este … era …
Encharcado que nem um pinto … deliciei-me com o repasto e as iguarias caseiras que me preparou. Ainda me ofereceu dois livros e dois pins sobre o Angliru. Após a refeição e agradável conversa com ele e o casal de caminhantes que tinha encontrado no cume, despedi-me e dirigi-me à residencial Zoraida, onde pernoitei e tive a oportunidade de sonhar com um sonho concretizado...

Nota: Quando vinha a pé, a descer a montanha, acossado pela intempérie, só dizia para mim próprio que não voltaria a repetir a façanha e deixaria em sossego a montanha. Mas, no dia seguinte, ao olhar para ela, fiquei com uma certeza … … … voltarei a “vergá-la”…

Agradecimentos: A Roberto Álvarez, pela simpatia e hospitalidade.

El Angliru – El Olimpo del Ciclismo
Dados:
Altitude – 1.573 mts
Desnível – 1.266 mts
Longitude – 12,5 Kms
Pendente Média – 10,13%
Pendente Máxima – 23,5%
6,7 Kms a uma inclinação média superior a 13%.
3 Kms (de Les Picones a Les Piedrusines) a uma inclinação média superior a 15%.
1 Km a 17,5% de inclinação média.


Tiradas para a história:

Antes da escalada
José Maria “El Chaba” Jiménez, justificando o 42x21 que tem para efectuar a subida, em resposta aos que lhe dizem que assim vai apear – “… por muito dura que seja, a um ritmo tranquilo, subirei…” (mas, apeou)
Fernando Escartin, justificando o 41x25 que tem para efectuar a subida, em resposta aos que lhe dizem que assim vai apear – “… Nem pensar! Com isto até subo uma “parede”…” (mas, apeou)

Durante a escalada
José Maria “El Chaba” Jiménez, após apear na Cuesta de Les Cabanes, para mudar a roda traseira, montando uma com um carreto de 28 dentes – “…é exageradamente inclinado, não esperava rampas tão duras…”
Fernando Escartin, após apear na Cuesta de Les Cabanes – “Mamma mia! Isto vai ser uma bomba na Vuelta…”

Após a escalada
José Maria “El Chaba” Jiménez – “… nunca tinha subido um cume como esse na minha vida…”
José Luis “Chechu” Rubiera – “… é o cume mais duro que subi na vida …”
José Manuel “Coque” Uria – “… nem o Mortirolo se lhe pode comparar…”
Fernando Escartin – “… é duríssimo! Tenho 30 anos e na minha vida nunca subi nada igual, nem creio que o venha a fazer…”
Pedro “Perico” Delgado, as suas primeiras palavras após desmontar, no cume – “Ay, Dios mío, qué duro és esto! Pero de dónde habéis sacado esta montaña?”; na entrevista que se seguiu - “… apesar de levar um 30x23, passei muito mal na rampa mais dura … devia ter montado um carreto de 25 dentes…”

Casielles - 15 de Junho de 2006

À Conquista das Astúrias

6 – Casielles - 15 de Junho de 2006

O dia amanheceu soalheiro e o calor não era muito intenso. O dia típico em que apetece pedalar.
Levanto a âncora de Arenas de Cabrales, despedindo-me, com pena, dos simpáticos asturianos que me deram guarida nestes primeiros dias e arranquei em direcção ao Desfiladero de los Beyos, onde se cruza o caminho para a pequenas aldeias de Viboli e Casielles que, actualmente, são habitadas apenas por quatro e duas pessoas, respectivamente.




Enquanto estou a preparar a bicicleta, passa um grupo de cicloturistas que vai em direcção ao Puerto de Ponton. Perguntam-me que itinerário vou tomar. Digo-lhes que vou subir Casielles e se me querem acompanhar, mas … não consegui convencer ninguém! Parece que este "muro" é bem conhecido por estas bandas, sendo inclusive, apelidado de “Petit Alpe d’Huez”, devido às suas 23 curvas!


(Foto aérea das 23 curvas do "Petit Alpe d’Huez” - Casielles)


Olho uma última vez para o gráfico de altimetria da “parede” que quero “vergar”. Não tenho conta-Km nem pulsómetro, pelo que a subida será “às cegas”! Apenas tenho o inclinómetro para me ir divertindo a ver a borbulha lá no topo! Decido controlar a distância pelo número de curvas.

Altimetria - www.altimetrias.com

Dou umas voltas no desfiladeiro para aquecer e depois inicio o “martírio”…
O caminho, inicialmente, é incrustado na parede da garganta do Rio Porciles, afluente do Rio Sella que passa em Cangas de Onis. As boas vindas são dadas, quase de imediato, por uma “parede” de 16% seguindo-se uma dificílima rampa acima de 20%! E longa...

Como se não bastasse a impressionante inclinação, a humidade existente no asfalto faz a roda tractora derrapar, tornando a ascensão ainda mais penosa...



O ritmo é tão lento que dá para apreciar a natureza e ouvir da água do rio e o chilrear dos pássaros. Passo uma ponte que dá acesso a uma estradita sem saída que sobe até Casielles e aí … começa a parte realmente complicada… Sobem-se aproximadamente 380 mts em apenas 3 Km, sendo o primeiro a 14% de inclinação média!! Meto o prato de 30 dentes e o carreto de 24 … e lá vou eu, pedalando vagarosamente…



É a subida mais bela de que me lembro… As constantes curvas vão dando uma diferente perspectiva da paisagem que se vai abrindo com o passar dos metros.



Há algumas rampas muito duras, inclusive acima dos 20%!

O piso é péssimo, pois o asfalto está coberto de gravilha, o que impossibilita pedalar sem estar sentado sob perigo de derrapagem.



Após passar as primeiras agruras fico convicto que vou fazer a rampa toda sem apear. O constante tornear infligido pelas infindáveis curvas de 180º não permitem que o tédio da velocidade diminuta torne a ascensão monótona.

Ainda mais impressionante que a paisagem, é o som dos imensos pássaros que esvoaçam por aqui. A paisagem, o som dos pássaros, o odor das árvores, a textura do guiador e o sabor do esforço formam uma tal mescla que a sensação reinante é de que todos os sentidos estão ao rubro. Para quem, como eu, gostar da natureza no seu estado mais puro, esta jornada será sempre um prazer.

Já próximo do cume, ao chegar à povoação, ainda existem algumas rampas complicadas a superar os 20% e com o piso muito degradado. Mas, depois desta penosa “tortura”, não seria aqui que iria apear…



Ao chegar ao topo, desmonto da bicicleta para mirar a paisagem natural que se me depara, esticar as pernas, tirar algumas fotos ...

... e sentir um pouco da fabulosa sensação que este local recôndito de tamanha beleza oferece. Meto aqui umas fotos, mas ao observá-las tenho plena consciência de que não reflectem verdadeiramente a beleza a que assisti.



Fico convencido que “vergarei” o Anglirú sem apear, apesar de saber o sofrimento que me espera! Apenas o fatídico quilómetro da Cueña les Cabres tem mais pendente do que os que acabei de fazer…
A ascensão total deu um tempo de 29 minutos.

Depois, fui visitar o museu da Sidra, onde pude aprender a importância deste néctar na cultura asturiana. Os asturianos, à nossa semelhança, são bem desenrascados. Não existindo na zona uvas em quantidade suficiente para a produção de uma quantidade aceitável e comerciável de vinho, optaram pela produção de sidra a partir das imensas espécies de maçãs que se cultivam por aqui.

Aproveitei o resto do dia para visitar Mieres e recolher informações sobre o Museu do Minério e Indústria a visitar no dia seguinte.

segunda-feira, julho 10, 2006

Bulnes - 14 de Junho de 2006

À Conquista das Astúrias

5 – Bulnes - 14 de Junho de 2006

O objectivo fixado para este dia era atacar o Picu Urriellu (Naranjo de Bulnes) ou, caso o clima não o permitisse (o que veio a suceder), aportar a Bulnes.
O local de partida deu-se na já conhecida aldeia de Puente Poncebos, seguindo pelo Canal del Texu onde corre uma ribeira afluente do Rio Cares.




Logo no início a transposição do Rio Cares faz-se por uma ponte de pedra bem engraçada.



O trilho não é complicado, pelo que a progressão foi sendo executada rapidamente.



Ao chegar a Bulnes, foi com tristeza que verificamos que não era prudente continuar a subir até ao Pico, devido ao intenso nevoeiro que nos rodeava, por isso retrocedemos a Puente Poncebos, após percorrermos as escassas ruas da isolada aldeia. Mas foi pena, pois à noite falei com um casal que lá foi e o topo estava límpido. O Álvaro Henrique despedia-se também do solo asturiano, regressando a Portugal.
Eu, ficava só, livre para concretizar as minhas diatribes sem dar cavaco a ninguém! E como objectivos fixados tinha: a conquista de Casielles, a conquista do Anglirú, visitar Oviedo, percorrer o roteiro da arte pré-românica e visitar os Museus da Sidra e do Minério e Indústria.

sexta-feira, julho 07, 2006

Lagos de Covadonga / Vega Ariu / Refúgio Marqués de Villaviciosa - 13 de Junho de 2006

À Conquista das Astúrias

4 – Lagos de Covadonga / Vega Ariu / Refúgio Marqués de Villaviciosa - 13 de Junho de 2006

Após a partida madrugadora do Paulo Borges, do seu sogro e do Filipe, que ainda fizeram uma paragem em Cangas de Onis, …




… tentámos ir dar umas remadelas de canoa, mas a coisa não se proporcionou. Decidimos, como alternativa, visitar o majestoso Mosteiro de Covadonga …



… o impresionante Mirador de la Reina …



… e os magníficos lagos Enol e Ercina.



Aproveitei também para “estudar a olho” a Cuesta de la Huesera, pois estava decidido a conquistar Casielles e o Anglirú (porque não havia por ali nada mais fácil …) nos dias que se seguiam.
Após o almoço deu-se a partida do Isidoro, do Ricardo e do Álvaro Vieira. Fiquei com o Álvaro Henrique e decidimos fazer uma caminhada…



…até ao Refúgio Marqués de Villaviciosa, em Veja Ariu, de onde se avista o majestoso Picu Urriellu (Naranjo de Bulnes) do outro lado da garganta do Rio Cares.



Aproveitei a conversa para ir conhecendo melhor o meu companheiro de escalada e posso dizer que fiquei muito surpreendido, pois é bem mais comunicativo do que supunha inicialmente. E lá fomos debatendo pontos de vista sobre imensos temas… Muito enriquecedor, confesso.
No regresso, ao avistarmos o Lago Ercina, fomos brindados com este esplêndido panorama no momento do pôr do Sol…



… sem palavras …

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