domingo, fevereiro 12, 2006

Missão: “Descarregar” o Infantrilhos! - 11 de Fevereiro de 2006

A reunião no Nanni iniciou-se animada, não devendo ser alheio o facto de a manhã se apresentar de céu límpido e sol brilhante, após os precedentes dias nublados.
Perante os presentes, tornou-se previsível uma volta “durinha”, pois ultimamente pedalam-se mais quilómetros, a maior média velocimétrica e de cariz mais acidentado.
Às primeiras pedaladas, as habituais indecisões sobre o rumo a tomar, levaram o Borges a tomar a iniciativa de ir na direcção do Tojal pela lezíria, de maneira a ir aquecendo os “presuntos” naquela usual via esburacada. O ritmo era vagaroso de maneira a permitir os habituais diálogos iniciais.
No Tojal, o Hugo o Pirata e o Pintainho tomaram a dianteira, rumo a Pintéus. A ascensão à central de Fanhões foi executada por alguns trilhos pouco habituais, bem conhecidos pelo Hugo, que tornaram este troço bem mais longo, técnico e duro (e também muito mais belo) que o caminho do costume.
Nesta fase surgiram os primeiros queixumes, levando inclusive a uma troca de bicicletas e “galhardetes” entre dois infantrilheiros! A coisa estava animada! Ora, com a tua é mais fácil subir … ora, já sei porque sobes depressa … ora, saiam da frente que com esta é que é … Correm, no entanto, rumores de que na próxima semana alguém deixará em casa o “triciclo” em detrimento de um potente “motociclo”! Aguarda-se, com expectativa, as cenas dos próximos capítulos… estará, porventura, a assistir-se ao aparecimento de mais um “turra”? A ver vamos…
Ao chegar-se à central deu-se a prematura despedida do Evaristo, que teve de retornar a Loures por obrigações inadiáveis.
Apesar de a maioria dos participantes ansiarem por umas descidas … prevaleceu o espírito “turra”, optando-se por continuar para o marco geodésico do Alto de Picotinhos, sempre usufruindo das magníficas paisagens sobre o Vale de Montachique. Seguiu-se uma desenfreada descida para Ribas, de onde se trilhou em direcção ao Cabeço de Montachique. Na retaguarda do grupo, em evidentes dificuldades, apesar do seu espírito combativo aliado a uma sempre presente boa disposição, o companheiro Álvaro lá ia resistindo ao abandono. Aliados à inadaptação ao “cavalo”, o confessado défice de forma física e um traumatismo sofrido num joelho quando tentava, acrobaticamente, saltar um drop montado sobre … a roda dianteira(!), iam fazendo esta subida custar-lhe mais do que custa na realidade.








No Alto do Andrade, após uma paragem para reabastecimento líquido no Parque Natural, o Álvaro lá deu o braço a torcer, “esquiando” até Loures acompanhado pelo surpreendente Borges, que disse estar fatigado por umas aventuras de sky! No entanto … tenho dúvidas! Para quem anda a “sofrer” no Socorro … talvez estas rampazecas não produzam o estímulo necessário! Não queiras as “paredes” só para ti! Partilha… (foi uma pena ficarem por aqui, porque seguiu-se, quanto a mim, a parte mais original e bonita do passeio)
Do inicial grupo de oito elementos … restava um quinteto de “resistentes”! E qual foi a atitude? Aumentar a dureza do giro, testando a capacidade de sacrifício de cada unidade! Primeiro … o “ataque” ao topo do Cabeço, com aquela sempre complicada passagem por aquele terrível troço acima dos 25%!





Depois, a perigosa descida para a povoação de Montachique, iniciada por um original drop só ultrapassado pelo Hugo e pelo Pintainho (leram bem!), onde se segue um perigoso “tapete de calhaus rolantes” (e lá estava o calhau com a espantosa marca do Biker! Eu vi!) com um final repleto de “piscinas lamacentas”.
Em direcção à Freixeira, teve de se andar por hortas e “trilhos lavrados”! É uma zona onde os trilhos estão normalmente rodeados de terrenos cultivados ou arborizados com árvores de grande porte. Aqui aprendi com o Isidoro uma valente lição: numa rampa de acentuada inclinação, contou-me umas quantas piadas e depois deixou-me quase “a pé”, a rir à gargalhada! A “veterania” sabe muito…
A ligação Montachique-Freixeira apresentou uma invulgar beleza pré-primaveril, pois, aliados aos campos cultivados vislumbravam-se alguns prados onde marcavam presença erva e flores, na sua maioria azedas, que dão sempre um refrescante ar à paisagem. Claro que a sol radiante e as gotas do orvalho matinal davam uma luminosidade característica! Que pena não ter a objectiva à mão … mas haverá mais oportunidades!
Ao atingirmos a Freixeira, o Biker revelou debilidades físicas … por excesso de treinos (!), e o Pirata estava apertado pelos ponteiros do relógio (sempre tão “rígidos” como o famoso rolo…).
Apesar de ainda os convencermos a subir a Carcavelos, isso não foi possível, pois aliado ao portão (transponível) que vedava a passagem para o trilho pretendido estava o sempre horroroso arame farpado.
Como alternativa, seguiu-se pela nacional até Lousa, em grande velocidade. Aqui assistiu-se a um engraçado golpe de teatro! O grande Isidoro, na retaguarda do grupo, aos gritos para se virar para a Carrasqueira, para atacar a serra … o Biker e o Pirata, na frente, a fazerem “ouvidos de mercador”… Após rápida troca de cumprimentos, o Hugo e o Pintainho deram meia volta … indo na peugada do corajoso Isidoro, já em plena “faena” … enquanto o Biker (realmente fatigado, desta vez … foi quase a todas) e o Pirata (rolo… rolo… rolo…) calcaram o asfalto até Loures.
Curiosamente … dos oito iniciais … sobrava um trio! Apenas três! Os três mosqueteiros! E qual não foi o meu espanto quando reparei que … nenhum era elemento do Infantrilhos! Nem um! Então pessoal? Como é? Toca a pedalar!
Na rampa para as Salemas o Hugo lá foi naquele seu insuportável ritmo, tão peculiar … tão “maldoso”! A roda do Isidoro estava “escorregadia”, pelo que o Pintainho seguiu um pouco atrás … fazendo companhia aos caracóis! A pilha já tinha pouco para dar!
No topo o Isidoro encabeçou o “pelotão”, levando-nos por uns trilhos bem engraçados, que ele tão bem conhece e onde se sobe um curto “muro” acima dos 30%!
Na Murteira mostrou-nos uma incrível “engenhoca” que construiu, para as “aventuras rebeldes” que costuma fazer com o Evaristo. Imaginem uma canoa, um atrelado e uma bicicleta! O que têm em comum? À primeira vista … nada! Mas ele, ainda tinha força para nos mostrar como se faz… Montou a “burra”… com o atrelado encaixado… e a canoa lá “pendurada”… e foi connosco fazer uma derradeira subida!!! Só mesmo visto, este Magnífico camarada do pedal!
Após a despedida, o Hugo e o Pintainho lá prosseguiram até Loures, em excelente ritmo, por algum tempo acima dos 60 Km/hr.
No final a lavagem da “burra” … o merecido banho … e o ansiado almoço …

42 Km a 13 de média foram os dados finais de um giro bastante acidentado.
De realçar as paisagens sublimes (essencialmente na zona da Freixeira), o agradável convívio e a indispensável fadiga, que fizeram deste giro mais um grande momento de lazer. Para a semana haverá mais. Após troca de impressões com o Hugo, concluímos que esta zona até à Venda do Pinheiro está ainda por “desbravar”, pelo que algumas voltas do futuro deveriam incidir sobre estes locais.

Neste magnífico giro (vai deixar saudades) participaram: Evaristo, o “prematuro”; Álvaro, o “6 arrobas”; Borges, o “esquiador”; Pirata, o do “rolo…”; Biker, o “fatigado”; Pintainho, o “caracol”; Hugo, o “mau”; Isidoro, o “engenhocas”.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pintainho realmente estava um pouco cansado por isso não fui fazer aquela subida de Lousa para as Salemas, mas para a proxima irei concerteza.Quanto aquele drop que tu e o Hugo fizeram, não o fiz pelo facto de ser facil demais hehehe. As doses de subidas têm sido elavadas e o pessoal começa a acusar a fadiga, se bem que aqui na nossa zona tem de ser muito sobe e desce.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006 12:24:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Fácil demais??!!

... temos brincalhão ...

quinta-feira, fevereiro 23, 2006 12:58:00 da tarde  

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