Malditos “turras”…
O dia amanheceu soalheiro, apesar da neblina, que marcava presença nos locais de baixa altitude.
A ascensão de Montemor foi efectuada em grupo compacto (até parecia que os “turras” sabiam o que estava para vir).
Contudo, todos passaram esta “pequena” dificuldade com distinção!
Quem diria que se sobe a mais de 20%!
… no topo … a paisagem (1ª foto) … indescritível …
Na descida técnica que se seguiu, tive o “privilégio” de ver o Pirata dar um grande “mergulho”, felizmente sem consequências.
No início da ascensão das Sardinhas, a malta do btt quis mostrar aos do asfalto que tem aprendido umas coisitas!
Ora observem bem como a malta da lama apreendeu as técnicas da estrada!
Muito bem! Aqui, todos na roda! Provavelmente, só agora o Fantasma se aperceberá que havia “turras” no seu encalço!
Após “vergar” mais uma dificuldade, o grupo aproveitou a bela paisagem para tirar a foto do dia, enquanto as caras ainda pareciam “humanas”.
Após a perigosa descida para A-dos-Cãos, onde os enormes “calhaus rolantes” são sempre uma “caixinha de surpresas”, os imparáveis veteranos começaram a encabeçar o pequeno pelotão.
Trilhando por inexistentes trilhos, liderados pelo camarada Isidoro, deu para ver que a veterania dá cartas no monte! E faz muitos jovens corarem de vergonha! Esta malta um pouco menos jovem, é terrível! Não verga! Duros de roer! Nem ai, nem ui … qual quê … é sempre a “aviar cartucho”!
Na ascensão para Bolores, aparece o companheiro Glutamina, sempre com excelente disposição, apesar da “queda em câmara lenta” sofrida logo no início da subida.
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.Aproximadamente a meio da dificuldade … pausa para um momento sempre importante: umas dentadas acompanhadas com umas boas gargalhadas!
... o espírito … do convívio … sempre presente …
Em Bolores, após a transposição de algumas “piscinas” lamacentas, deu-se a despedida dos “veteranos” Fantasma e Isidoro. Os restantes continuaram a saga, em direcção a Monfirre, onde os trilhos são bem distintos devido ao solo, meio arenoso, meio pedregoso. E deu para ver, na descida para o Vale do Inferno, o Pirata em grande estilo! Saiam da freeeeeeenteeeeee…
Depois … nova dificuldade na terrível rampa para a Choutaria. Aquela "parede" final é demolidora! E quando o “gás” já não é muito … adoptam-se novas técnicas de btt!
Mas acabaste em grande, comparsa Biker.
Depois, seguiu-se por estrada, pois o tempo apertava, em direcção a Montemuro e Carcavelos. Desceu-se a grande velocidade o trilho de ligação a Ponte de Lousa. Nova divisão dos elementos do grupo. Era a despedida do Pirata e do Glutamina, que aceleraram pelo asfalto. O Biker (vai a todas, nunca para, é pior que o coelho da Duracel!) e o Pintainho lá continuaram o “martírio”, por trilho, em direcção à Murteira e A-das-Lebres.
Finalmente, ao chegar à BP, a fadiga já dava alguns sinais de presença. Eram 40 Km a 12 de média! Estava na hora do duche!
Na minha opinião, foi um excelente passeio de bicicleta; daqueles que nos mata a fome do pedal acumulada durante a semana. Não se trilhou por nenhuma daquelas aterradoras “paredes” que quase nos fazem cuspir um pulmão (… que pena …) ! Contudo, é obvio que foi um pouquito mais cansativo que tocar pífaro ou dançar o vira! Mas, por incrível que pareça … não se ouviu um único piu de queixume! Nem um!!! Portanto … o giro deveria ter sido … mais duro!
Nesta voltinha participaram os seguintes “lamacentos”: Isidoro (o lamacento “veterano”), Fantasma (o lamacento que “não verga”), Glutamina (o lamacento das “quedas em câmara lenta”), Pirata (o lamacento “triturador”), Biker (o lamacento que “vai a todas”), Pintainho (o lamacento das “paredes”).
Até … ao próximo lamaçal.
8 Comments:
Nota: a formatação do texto e das fotos não se apresenta nas melhores condições. Isto de acertar o texto com as fotos é mais difícil que trepar a "parede" mais aterradora que apanhei até hoje. Vou tentar melhorar! Desculpem lá, desta vez.
Grande Pintainho estás de parabens bela reportagem quer escrita, quer fotografica. Quanto à volta penso que foi equilibrada, ou seja suficientemente dura para ficarmos cansados e possibilitou tambem disfrutar de apeteciveis descidas. Gostei bastante daquela parede de Montemor e das descidas de À-Dos-Cãos, temos de repetir. Para o próximo sábado lá estaremos novamente no local do costume.
Sim senhor, sim senhor! Vejo que estamos com a gáspia toda! Voltinhas de fazer inveja, do tipo: deixar um gajo todo roído. Ainda por cima com direito a descrição com elevado detalhe e, pasme-se fotos!? Da próxima vez, se quiseres, posso dar-te os dados para que possas blogar sem q tenhas que enviar mail. PB
Pintainho, essa de andares armado em paparazzi tem que acabar. Eu não autorizo que sejam publicadas fotos minhas com o pé no chão. É que eu tenho uma reputação a defender...
Para castigo, sábado vou levar a minha câmara digital. E aí é que vamos ver.
Ai o blog, ai o blog...
Um abraço
L-Glutamina
Pintainho ainda bem que nas ultimas fotografias não se identifica quem vem a pé, nem sei quem será. Devias ter fotos dos 3 mais pesados que subiram na frente até bolores, sem meter pé no chão claro. Já agora devias tambem ter fotografado esses teus novos instrumentos para medir as inclinações das paredes que tanto gostas, ou gostamos.
Isto de levar a objectiva tem um efeito engraçado! A malta começa a pensar muitas vezes antes de meter o pezinho no chão! Senão … ai o Blog! Pois foi, Biker. É mesmo uma pena não ter uma foto dos três “lamacentos” que subiram sempre montados até Bolores. Por essa altura … andava armado em carro vassoura ... a ver o Glutamina a mandar-se para o chão! E olha que foi mesmo complicado conseguir aquele instantâneo com o gajo montado!! Eh,eh! Ai a reputação! Ora deitado … ora a pé … ai,ai!
Aquela do lamacento que vai a todas está bem apanhada, vai a todas mas com algum sacrificio e sempre em andamento reduzido, salvo algumas descidas.Não se és da mesma opinião mas o ritmo da subida do Correio Mor para as antenas foi elevado, tendo ido ás 191bpm.
Pois é, mas não é o ritmo que conta (acho preferível ir devagar, mas sempre montado, o que muitas vezes não é nada fácil, como bem sabemos). O que conta, para mim, é que quando um gajo quer ir trilhar qualquer coisa, tu és sempre o primeiro a chegar-se à frente, mesmo que a “coisa” seja “indigesta” à vista! O que conta mesmo é o gosto pelo pedal! E não sei se já reparaste, mas … vais mesmo a todas! É até quebrar! E olha que o teu ritmo não é lento, reages é mal às mudanças de andamento (e também à primeira rampa do dia).
Por acaso até achei o ritmo da subida de Montemor lento. Mas, como no fim-de-semana anterior, no passeio a Belas, a fiz sempre no “prego” (incrivelmente, sempre acima das 190 bpm), talvez seja essa a razão de tal impressão! Foi de tal maneira que no topo, quando aquilo começa a ter alguma piada, ia tendo um colapso cardíaco, que quase me obrigou a apear! Não aconselho ninguém a “atacar” aquela “coisinha” à bruta!
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